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Genética e hereditariedade

7 de julho de 2022

6 min. de leitura

Entenda o que é a genética, qual é o campo de estudo dessa área da ciência e saiba a sua importância de estudar a hereditariedade para a humanidade.

A genética é a área de ciência que estuda a hereditariedade dos seres vivos, desde o desenvolvimento de características físicas e propensão do aparecimento de doenças à variabilidade e mutação.

Significado e etimologia

A palavra genética é um substantivo feminino que, segundo o Dicionário Online de Português, significa “ciência que se dedica ao estudo da hereditariedade, dos genes, da transmissão, de pais a filhos, dos caracteres anatômicos, citológicos e funcionais”.

O biólogo William Bateson usou a palavra genética pela primeira vez. A palavra é deriva do grego “genno”, que significa genitivo, gerador ou fazer nascer; e “tika”, terminação comum para substantivos.

Já a palavra hereditariedade refere-se à carga genética que é transmitida de uma geração para a próxima. Em outras palavras, essa carga, formada pelos genes, é a herança genética.

Estudar a hereditariedade em genética, portanto, é analisar a soma de processos biológicos que resultam na transmissão de características dos pais para os seus filhos.

Esses traços vão desde características físicas, como, por exemplo, altura, cor da pele ou distribuição de gordura no corpo de uma pessoa, até características comportamentais e doenças.

História da genética

Embora fosse observada desde a pré-história, a partir da domesticação dos animais e da transmissão das características físicas resultado do cruzamento entre eles, a hereditariedade passou a ser estudada cientificamente no século 19.

A teoria da evolução

Após retornar de uma expedição às ilhas Galápagos, arquipélago vulcânico no Oceano Pacífico, o naturalista britânico Charles Darwin propôs a teoria da evolução. Pela primeira vez, em 1859, era introduzida a ideia de seleção natural e como as características favoráveis e adaptativas ajudavam na manutenção da sobrevivência das espécies. Darwin, portanto, foi um precursor da variabilidade e mutação genética.

As ervilhas e o princípio mendeliano

O marco histórico para o surgimento da genética moderna foi 1865. Foi neste ano que o biólogo e monge austríaco Gregor Mendel publicou o estudo chamado “Experimentos em hibridização de plantas”.

Em sua pesquisa, Mendel observou os resultados a partir do cruzamento controlado de ervilhas com diferentes características físicas simples (como cor das flores e formato das sementes).

A partir do cruzamento, catalogação de mais de 30 mil plantas de ervilha e da análise estatística, apresentou as leis e princípios da hereditariedade, mais tarde conhecidas como leis de Mendel.

Apesar da importância de seu estudo para o desenvolvimento da genética, Gregor Mendel teve o seu reconhecimento apenas na virada para o século 20.

Finalmente, o DNA

Outro marco importante para a história da genética foi quando o bioquímico Oswald Avery provou que a molécula de DNA era a responsável pela transmissão da carga genética dos seres vivos.

O feito aconteceu em 1944, uma década antes de o geneticista James Watson e o neurocientista Francis Crick conseguirem propor o modelo de hélice-dupla do ácido desoxirribonucleico, o DNA, em 1953.

Em seguida, em 1961, foram descobertas as bases de DNA e como as diferentes combinações poderiam criar características únicas que diferenciam os indivíduos. No mesmo ano, foram identificadas mutações genéticas, além de anormalidades nos cromossomos.

Sequenciamento do genoma e o Projeto Genoma Humano

O bioquímico Frederick Sanger foi pioneiro no sequenciamento genômico no mundo. Em 1977, Sanger introduziu o processo de sequenciamento usando o bacteriófago, vírus que afeta bactérias, como exemplo. O cientista abriu as portas para que outros seres vivos tivessem os seus genomas mapeados.

Foi apenas em 1990 que o genoma humano começou a ser sequenciado. Este primeiro mapeamento completo levou quase 13 anos para ser concluído e teve o seu custo estimado em 3 bilhões de dólares, sendo finalmente concluído em 2003 e publicado em 2004.

O feito histórico foi conquistado a partir do Projeto Genoma Humano, consórcio internacional que reuniu cientistas das mais diversas partes do mundo e que é comparado em importância à divisão atômica ou à chegada da humanidade na lua.

A importância da genética para a humanidade

Ao estudar a hereditariedade dos seres humanos, geneticistas conseguem entender a origem e a ancestralidade das populações ao redor do globo a partir do sequenciamento do genoma humano.

Também é possível tornar o diagnóstico de doenças mais rápido e eficiente, além de detectar a predisposição a doenças e produzir medicamentos mais eficazes.

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